Com R$ 1,4 bilhão em benefícios, MS pode sair primeiro da crise

Com R$ 1,4 bilhão em benefícios, MS pode sair primeiro da crise

stão bastante importante é que estes recursos tendem a amenizar os impactos do desemprego, que também perderam força neste período. O consumidor precisa ajudar de uma forma geral, utilizando o recurso de forma consciente", ressaltou.

ARRECADAÇÃO

Outro dado que sinaliza que o efeito da pandemia não atingiu tão drasticamente a economia do Estado são os demonstrativos econômicos da arrecadação estadual. Enquanto as projeções apontavam para quedas astronômicas na arrecadação dos estados e dos municípios brasileiros, em Mato Grosso do Sul a retração foi de R$ 265 milhões em abril.

Conforme os dados do demonstrativo da Receita Corrente Líquida (RCL), em março, o governo arrecadou o total de R$ 1,185 bilhão, e, em abril, a receita recuou para R$ 920,496 milhões. Mesmo assim, o valor é maior do que os dos meses de agosto e setembro de 2019, quando a crise do coronavírus ainda não existia.

O principal tributo que compõe a receita estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), somou R$ 762,273 milhões em abril, queda em relação a março, quando foram recolhidos R$ 892,5 milhões. O total angariado foi maior do que em outubro de 2019, quando o recolhimento do imposto gerou R$ 758,112 milhões aos cofres estaduais.

SETORES

No agronegócio, o resultado de janeiro a maio na balança comercial de Mato Grosso do Sul foi 18,13% superior ao mesmo período do ano passado. Dados do Ministério da Economia apontam que, de janeiro a maio, o Estado registrou superavit de US$ 1,485 bilhão na balança comercial, contra US$ 1,257 bilhão no mesmo período de 2019. O resultado é a diferença entre as exportações, que alcançaram US$ 2,341 bilhões, e as importações, com US$ 856 milhões.

Outro setor que já registra os primeiros sinais de reação é o comércio varejista. Conforme levantamento do IPF-MS e Sebrae, o varejo atravessou a pior fase da crise causada pela pandemia de Covid-19 em abril e maio. Em junho, comerciantes já sentiram uma ampliação nas vendas, e houve redução no número de demissões.

Em abril, 38% das empresas precisaram demitir; em junho, 28% tomaram esta medida. Conforme a pesquisa, a intenção de consumo também já começa a demonstrar sinais de recuperação.

Além dos recursos disponibilizados para a população, o Estado também recebe ajuda federal. MS receberá R$ 702 milhões no total. A primeira parcela, já liberada no início do mês, foi de R$ 175,5 milhões, para amortizar as perdas. Já as 79 prefeituras recebem R$ 461 milhões. Na primeira parcela, foram repassados R$ 115,3 milhões aos municípios. Somados, os recursos chegam a R$ 1,16 bilhão, divididos em quatro parcelas.